Anderson Sang

Anderson Sang (1989) nasceu em São Paulo e vive em Recife desde 1997. Desde 2013, vem construindo uma trajetória artística em que a natureza se apresenta não apenas como motivo, mas como memória ativa de seu processo criativo. Sua pesquisa parte da observação das fronteiras — visíveis e invisíveis — que configuram tanto os territórios físicos quanto os espaços subjetivos. Ao investigar essas bordas, Sang estabelece relações entre sistemas naturais e modos de existência, enfatizando as mutualidades que se dão entre organismos, ambientes e experiências humanas.

A pintura constitui o núcleo de sua prática, funcionando como território de experimentação sensível, num diálogo com a dinâmica de crescimento, decomposição e metamorfose presentes nos reinos orgânicos. Contudo, seu trabalho frequentemente extrapola o plano pictórico: desdobra-se em animações quadro a quadro, modelagens 3D, objetos e instalações. Esses transbordamentos operam como extensões naturais de sua pesquisa, ampliando a percepção do espectador e articulando diferentes escalas do sensível — do campo microscópico à paisagem expandida.

Assim, a obra de Anderson Sang se constrói como um ecossistema estético: um campo de atravessamentos entre matéria, memória e imaginação, no qual a arte se torna meio para pensar as relações que sustentam e tensionam a vida contemporânea.

Anderson Sang foi indicado ao portal Artsy como um dos 30 artistas emergentes pela HOA, como parte do projeto Ginga. Já participou de várias exposições coletivas pelo Sesc Pernambuco; Pupila Dilatada no MAMRJ; Exposição Resíduos no ArtPe. Apresentou em 2025 sua primeira exposição individual, Entre territórios e suspensões, na Galeria Sesc Guadalupe, em Sirinhaém, Pernambuco.