Visões do outro
Christina Machado & Renato Valle
Maio a Junho de 2015
Passou a vagar pelos velos do ordinário, como se tudo fizesse parte de si, na esperança de enxergar melhor. Numa espécie de modulação de coexistência, passava o olhar pela textura das coisas, assim como a mão adere à pele do outro. Fez esse exercício várias vezes, sem saber muito bem onde encontraria a evidência daquele dito ordinário mundo ao nosso redor. Da ordem do simples, do comum, pedestre cotidiano. Do que se justifica por ser como é. Como se a natureza das cenas ordinárias fosse a certeza de reconhecê-las, porque sempre estiveram, estão ou estarão em algum lugar por entre nós.